Carros Importados: Conheça os Custos Associados

A indústria automóvel em Portugal tem pouco peso em termos de construção made in e também por isso as viaturas acabam por chegar a preços quase proibitivos ao mercado, seja pelos custos de transporte ou os elevados impostos cobrados pelo Estado (que é dos que mais dinheiro exige nas inúmeras taxas aplicadas nestas transacções).

Em conjunto, ambos os aspectos estão a “matar” o sector nacional dedicado aos novos, ou seja, carros saídos de fábrica, o que, em contrapartida, abre uma janela de oportunidade, ainda que muito pequena, ao “irmão” que opera no segmento dos usados.

Contudo, nem sempre a alternativa de adquirir um veículo novo ou usado em território lusitano se apresenta como vantajosa, tanto pelo valor pedido como pela falta de certos modelos de automóveis que não chegam a ser lançados no subsector dos carros usados e por vezes nem o mercado dos veículos novos os transacciona. É nestes casos que olhar para o estrangeiro deve ser o caminho a seguir quando se pretende comprar aquele modelo em específico mas não se consegue encontrar por cá, seja porque razão for.

Quando nos deparamos com aquele tipo de impedimento a melhor alternativa é, então, informarmo-nos de todos os procedimentos e custos que implicará adquirir o carro em outro país. A pensar nessa circunstância, deixamos-lhe em seguida uma série de factos acerca desse procedimento, não se precisando valores, pois estes variam bastante devido a um vasto conjunto de agentes.

Custos de importar um veículo usado

  • Pagamento do automóvel, algo com o qual naturalmente tem de contar mais, apesar de também aqui ter de considerar a forma de liquidação, que pode ir desde o pagamento na íntegra ao parcelamento de acordo com os trâmites da venda (no caso dos particulares terá de efectuar a liquidação em apenas uma parcela na esmagadora maioria dos casos);
  • Estadia, alimentação e viagem de ida da pessoa que irá transportar o veículo. Este é um dos custos mais variáveis, pois depende em muito do país onde adquiriu o carro, por que rota irá viajar (se paga ou não pela utilização das vias) e o número de paragem que tem de efectuar de acordo com as horas necessárias para realizar o trajecto (os motéis são provavelmente a opção mais barata para pernoitar);
  • Combustível para a viagem, acordo com uma transportadora ou contrato com a empresa à qual comprou o veículo. Este é um aspecto importante mas principalmente fundamental quando não é o novo proprietário do carro que o transporta para Portugal. Se tal não se verificar tem ainda de contar com o dinheiro gasto em combustível, embora já não tenha de se preocupar com outras burocracias referentes a este assunto;
  • Imposto Automóvel (IA): calculado em função de várias características da viatura em causa, incluindo o país de aquisição, ano de produção e cilindrada. Não há, contudo, lugar à cobrança de qualquer percentagem de IVA por ser um carro que já esteve em circulação, beneficiando, por isso, da isenção dessa taxa;
  • Dízimas adicionais em aquisições fora da União Europeia. Ao comprar um veículo fora da UE irá ter diversas agravações de custos e outras limitações, nomeadamente um desconto único de 10 por cento no IA (e não consoante a vida útil da viatura), taxa de 10 por cento sobre o preço do veículo (concernente aos direitos aduaneiros) e mais 19 por cento de IVA (igualmente à luz do valor do carro e sem isenção, por ser fora da UE);
  • Documentos de legalização do veículo que tem de possuir obrigatoriamente quando o importa para Portugal, entre os quais se encontram os diferentes ofícios da alfândega e do Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT). Por fim, um seguro (mesmo que temporário), pois sem uma apólice válida não poderá conduzir o carro em país nenhum da União Europeia.
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154 Responses to Carros Importados: Conheça os Custos Associados

  1. José Relvas diz:

    Boas tardes

    Gostava de ser esclarecido em algumas dúvidas que tenho se for possível.

    Tenho intenção de comprar um veículo novo (0/Km) num país da CCE e trazê-lo para Portugal num transporte e depois matriculá-lo cá.

    De momento julgo que o custo do reboque do carro sem matricula (pelo que li) que é entre 500€/600€), mas é a única forma de o trazer para Portugal.

    Uma das dúvidas que que eu tenho, tem a ver se quando comprar o veículo num país da CEE, o IVA tem de ser pago nesse país ou cá em Portugal?

    Se o valor percentual do IVA nesse país for inferior ao nosso, tenho de fazer algum acerto cá em Portugal?

    Sendo um veículo novo, quais são os documentos a trazer para além do Certificado de Conformidade Europeu (COC)?

    Depois de chegar a Portugal, um carro novo também de ir ao referido centro de inspecção?

    Existe algum site ou lista onde se possa consultar em que locais existem esses centros de inspecções autorizados?

    Quanto aos restantes passos, julgo que será idêntico à legalização dos carros usados.

    Grato pela atenção de todos.

  2. quanto às duvidas que coloca
    1 se o veiculo novo for adquirido por um particular deve ter em atenção de que vai pagar IVA
    no pais de aquisiçao e paga IVA em Portugal, podendo posteriormente solicitar a restituiçao
    no pais de procedencia
    2 tratando-se de um veiculo novo, tem que ter o COC e a respetiva fatura de aquisiçao
    3 sendo no e sem matricula nao carece de qualquer inspeçao
    cumprimentos

  3. José Relvas diz:

    Obrigado pela informação.

  4. Nelson Loureiro diz:

    Boa tarde,

    Conseguem indicar se um carro (Fiat 500) fabricado em 1968, proveniente de Itália, necessita de COC de forma a legalizá-lo em Portugal?

    Cumprimentos,
    Nelson

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